terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

EM 2012 FORAM REGISTRADOS 943 CASOS DE CÂNCER NA AMAZÔNIA


A  Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCecon), órgão do Governo do Estado, lançou um alerta à população para que procure adotar hábitos mais saudáveis de vida, afastando os fatores de risco das neoplasias. Só no ano de 2012, foram registrados na instituição, que é referência no tratamento da doença em toda a Amazônia Ocidental, 943 novos diagnósticos.
Embora o número represente uma redução no comparativo com 2011 de 26% (passou de 1.275 para 943), há tipos específicos de câncer que ainda preocupam. É o caso do de próstata, o primeiro em incidência entre pessoas do sexo masculino, que apresentou um aumento de 24,1% no período, passando de 116 novos diagnósticos em 2011 para 144 no ano passado.
Os índices de câncer de colo de útero e de mama, os dois mais comuns na população feminina, também continuam altos. O primeiro teve 107 casos registrados em 2012 e, o segundo, 160. Os números correspondem apenas aos casos diagnosticados no Laboratório de Anatomia Patológica da FCecon.
O diretor-presidente da Fundação, Edson de Oliveira Andrade, explica que o número de casos no Estado é superior ao divulgado pela FCecon, visto que há unidades privadas que também realizam o diagnóstico e tratamento do câncer no Amazonas. Além disso, uma parcela dos pacientes que dão entrada na fundação é oriunda de outros estados, como Rondônia, Roraima, e até de países fronteiriços.
Ele cita como exemplo o número de novos inscritos na instituição, ano passado, que totalizou 4.862. São pacientes que receberam diagnóstico na Fundação Cecon, em outras unidades hospitalares do Amazonas e de outros Estados, ou ainda, pessoas que estavam sob suspeita de terem adquirido a doença e necessitavam de exames mais detalhados para confirmar o diagnóstico de câncer ou descartá-lo.

Cirurgia de alta complexidade
Dados da Secretaria Estadual de Saúde (Susam) mostram que das 2.223 cirurgias realizadas no ano passado na Fundação Cecon, 70,7% foram de grande porte, ou seja, de alta complexidade. O número representa um aumento de 6,5% frente aos procedimentos cirúrgicos ocorridos em 2011, os quais totalizaram 2.087.
Entre cirurgias e sessões de quimioterapia e radioterapia, os três principais tipos de tratamento contra o câncer oferecidos pela fundação, foram registrados 6.192 atendimentos na unidade (1.767 de quimioterapia e 2.202 de radioterapia). Além deles, oito mil atendimentos foram realizados pela equipe de Terapia da Dor e Cuidados Paliativos, grande parte em domicílio.

Mudança de hábito
Edson de Oliveira Andrade destacou que afastando os fatores de risco do câncer, reduz-se o risco de contrair a doença. “Uma má alimentação, por exemplo, favorece o aparecimento da doença no sistema digestivo. Substituir alimentos enlatados e com alto índice de conservantes por fibras e abandonar o fumo são algumas das medidas preventivas neste caso”, informou o especialista em pneumologia.
Ele explica, ainda, que no caso das mulheres, o exame de Papanicolau deve ser realizado anualmente, bem como o de mama a partir dos 40 anos, conforme preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS). “O preventivo pode detectar lesões precursoras da doença, evitando que ela apareça. O câncer de colo de útero, cujo Amazonas é o primeiro em incidência no País, é 100% prevenível”, assegura.
Sobre o câncer de mama, que em nível de Brasil é o primeiro entre pessoas do sexo feminino, e no Amazonas é o segundo, ele ressalta que, embora não haja prevenção, a mamografia detecta a doença na fase inicial, o que, com o tratamento adequado, pode evitar, por exemplo, a perda total da mama (mastectomia radical).
Para os homens, ele destaca a importância do exame de toque retal e dosagem de uma proteína do sangue (PSA), através de exame de sangue. Esses exames estão disponíveis na rede pública de saúde, que vem recebendo investimentos para a ampliação da oferta, a partir do esforço do Governo do Estado, via Susam. Prova disso, é a aquisição de novos aparelhos de mamografia, que serão instalados em municípios-polo, reforçando a área da atenção oncológica.

Câncer infantil
No caso do câncer infantil, a oncopediatra Miyuki Guemba afirma que a atenção deve ser redobrada, uma vez que os sintomas da doença são parecidos com enfermidades comuns na infância e podem chegar a confundir os pais.
Segundo a oncologista pediátrica da FCecon, Doutora Miyuki Guemba, anemia, febre prolongada, dores ósseas, falta de apetite, fraqueza, dores abdominais e cefaléia (dor de cabeça) podem pedir um pouco mais de atenção dos pais do que o habitual. Ela ressalta que o reconhecimento e o diagnóstico precoce podem aumentar as chances de cura do paciente. “A maior dificuldade em realizar o diagnóstico do câncer infantil é que os sintomas são muito semelhantes aos das doenças comuns da infância”.
A especialista explica que entre os tipos de câncer mais comuns em crianças e adolescentes estão os tumores líquidos (a exemplo das leucemias - que afetam os glóbulos brancos - e linfomas – no sistema linfático -, seguidos dos tumores sólidos (do sistema nervoso central, tumor de Wilms - tipo de tumor renal -, neuroblastoma - tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal -, rabdomiossarcoma, osteossarcoma - tumor ósseo -, sarcoma de Ewing (câncer ósseo), retinoblastoma - afeta a retina, fundo do olho -, carcinoma de nasofaringe – na região da cabeça e pescoço -, entre outros).
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), nas últimas décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi significativo e, atualmente, em torno de 70% das crianças e adolescentes acometidos de câncer podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados.
Fonte: Portal do Holanda

Projeto De Construção Da Primeira Etapa Da Cidade Universitária No Amazonas Será Apresentado Nesta Semana



O Governo do Amazonas apresentará, na próxima terça-feira, dia 5 de fevereiro de 2013, as condições gerais do projeto de construção das edificações da Cidade Universitária da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), no município de Iranduba. A audiência pública ocorre às 9h no auditório do Centro de Convivência da Família Padre Pedro Vignola, situado na rua Gandú com a avenida Noel Nutels, n.º 119, Núcleo 8 da Cidade Nova, zona norte.

A audiência será presidida pela secretária de Estado de Infraestrutura, Waldívia Alencar, que apresentará à sociedade o projeto de implantação da primeira etapa da obra, que compreende o prédio da Reitoria, alojamentos para os estudantes, unidades de Ciências da Saúde e Tecnologia, bem como da infraestrutura necessária como as vias internas e o acesso desde a AM-070, dentre outros.

“Nós vamos apresentar o projeto de implantação das condições gerais do processo de construção das edificações da Cidade Universitária da Universidade do Estado do Amazonas em sua 1ª Fase – Etapa A, de acordo com a denominação técnica do projeto”, informou a secretária de Infraestrutura.

De acordo com Waldívia Alencar, a construção da Cidade Universitária, anunciada pelo governador Omar Aziz em 2012, representa um enorme salto de qualidade na educação superior amazonense, porque além de reunir em só lugar todos os campus da UEA - quando a obra estiver pronta na sua totalidade -, vai oferecer os melhores padrões de qualidade com todas as condições necessárias para um aprendizado de primeira categoria.

A realização desta audiência pública obedece ao que dispõe o Art. 39 da Lei de n.º 8.666/93, que disciplina as licitações.

A Secretaria de Estado de Infraestrutura convidou todos os órgãos envolvidos direta ou indiretamente no processo, como os Ministérios Públicos Estadual e o Federal; a Procuradoria Geral do Estado, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), entidades de classe e a sociedade civil organizada para comparecer à audiência para discutir o projeto e apresentar suas contribuições.

fonte: Coari em destaque