terça-feira, 19 de julho de 2016

Expansão e melhoria das comunicações do Judiciário do AM dará mais celeridade

O Exército e o Tribunal de Justiça do Amazonas assinaram um convênio de R$ 1,5 milhão com objetivo de expandir e melhorar as transmissões entre as unidades judiciárias no interior do EstadoShow exercito
Um convênio firmado nesta segunda-feira (18) entre o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) e o Exército Brasileiro vai possibilitar, por meio do Programa Amazônia Conectada, a expansão e melhoria das comunicações entre as unidades do Judiciário no interior do Estado. A medida permitirá que a justiça seja mais célere e mais eficiente em suas decisões, tendo em vista que, quando a tecnologia estiver implantada nos municípios, a comunicação via internet entre as Comarcas será potencializada: saindo de um 1 megabyte para 1 gigabyte.
Para o presidente em exercício do TJ-AM, desembargador Jorge Lins, a parceria representa um marco para o Poder Judiciário local. “O Programa Amazônia Conectada coloca o Tribunal de Justiça do Amazonas em uma posição de futuro nas comunicações. O convênio permitirá que as unidades judiciais do Estado tenham uma telecomunicação com tecnologia avançada tirando as Comarcas e o jurisdicionado que estão no interior do isolamento e permitindo que a justiça seja mais célere e mais eficiente”, afirmou.
O governador do Estado em exercício, desembargador Flávio Pascarelli, destacou que o programa contribuirá com uma atuação mais efetiva do Judiciário Estadual. “Por meio do convênio pretendemos minimizar o problema da comunicação nas Comarcas do interior, que é uma realidade que todos conhecem. A partir deste projeto, nós teremos à disposição uma conexão mais rápida, portanto, os juízes e promotores poderão analisar demandas e atos com maior rapidez podendo atuar de forma mais efetiva”, declarou.
A contrapartida do TJ-AM prevê recursos da ordem de R$ 1,5 milhão para a execução do Programa Amazônia Conectada, que serão destinados para a implantação do subprojeto “Infovia do Solimões” e projeto “Políticas Públicas”. Os recursos serão oriundos do Fundo de Modernização e Reaparelhamento do Poder Judiciário Estadual (FUNJEAM) e outras instituições do Sistema de Justiça também farão parte desse projeto, como o Ministério Público Estadual (MP-AM) e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM).
O Termo de Convênio entre as duas instituições foi assinado ontem pelo presidente em exercício do TJ-AM, desembargador Jorge Lins, e pelo general de Brigada e chefe do Centro Integrado de Telemática do Exército (Citex), Decílio de Medeiros Sales. Assinaram o documento também, o governador do Estado em exercício e também presidente da Corte Estadual, desembargador Flávio Pascarelli; o comandante militar da Amazônia, general Geraldo Antônio Miotto, entre outras autoridades.
Saiba mais
Para atendimento do Poder Judiciário Estadual, conforme plano de trabalho estabelecido pelo convênio firmado ontem, à interligação do município de Tefé ao de Tabatinga (distantes a 659 e 1.108 quilômetros de Manaus, respectivamente), por meio de fibra óptica subfluvial, será concluída até junho de 2017.
Número
7,8 mil quilômetros de cabos de fibra óptica subfluvial serão instalados nos leitos dos rios para interligar as cidades amazonenses à rede mundial de computadores, de acordo com o que prevê o Programa Amazônia Conectada.
Favorecer desenvolvimento
O programa Amazônia Conectada é uma iniciativa da União, coordenada pelo Exército Brasileiro, e tem por objetivo disponibilizar uma rede de fibra óptica subfluvial com o intuito de favorecer o desenvolvimento da população que reside na Amazônia Ocidental. A partir da oferta e da potencialização da comunicação, o projeto visa contribuir para a melhoria de serviços do Judiciário e também da Educação, Saúde, Segurança, dentre outros segmentos.
No Amazonas, a previsão é interligar 52 municípios, de acordo com o chefe do Centro Integrado de Telemática do Exército (Citex), general de Brigada Decílio de Medeiros Sales. Ele ressaltou que, além de providenciar um sistema de comunicação de qualidade para as localidades da Amazônia Ocidental, outro atrativo do programa é o seu baixo custo. “O custo inicial previsto do programa era de R$ 8 bilhões, mas foi reduzido para R$ 500 milhões”, destacou.
O avanço do projeto se deu com o lançamento de cabo subfluvial no trecho entre os municípios de Coari e Tefé, em março deste ano, interligando os dois municípios num trecho de 242,5 quilômetros de extensão. O próximo trecho para lançamento é Manaus-Coari, com 450 quilômetros de extensão e investimento total de R$ 18 milhões.
Blog
General Decílio de Medeiros Sales - chefe do Centro Integrado de Telemática do Exército

"O Programa Amazônia Conectada começou como iniciativa do Exército no leito do rio Negro para mostrar a viabilidade da tecnologia. Começamos isso em 2014 e concluímos os estudos com o lançamento de 10 quilômetros fibra óptica subfluvial ligando dois quartéis do Exército Brasileiro: o 4º Centro de Telemática de Área (4º CTA) com a 4ª Divisão de Levantamento (4ª DL), nos dias 7 e 8 de abril de 2015. Nós estamos operando há mais de 15 meses sem nenhum problema operacional. Após esse lançamento concluímos que é viável a tecnologia e partimos para o segundo trecho que é Coari-Tefé. Este foi concluído no dia 20 de março deste ano e os municípios estão conectados. Em breve, faremos o lançamento do trecho Manaus-Coari como uma complementação ao Gasoduto, que hoje está lançado. Ao todo, serão quase 8 mil quilômetros de fibra óptica subfluvial abrangendo 52 municípios diretamente nas infovias do Negro, Solimões, Madeira, Juruá e Purus".
Fonte: Silane Souza - Acrítica

Lei obriga teste para detectar problemas nas articulações de quadris de recém-nascidos

O exame de Ortolani, o Teste do Quadril, passou a ser obrigatório no Amazonas. Ele é feito logo após o nascimento e consegue detectar precocemente problemas podem afetar o crescimento da criançaShow recem nascido maternidade
A lei estadual 4.347/2016, sancionada este mês pelo governador José Melo, torna obrigatória em todas as maternidades do estado a realização do exame de Ortolani (Teste do Quadril) nos recém-nascidos. O teste, que já faz parte da rotina das sete maternidades da Secretaria Estadual de Saúde (Susam), é adotado para detectar precocemente problemas nas articulações do quadril, que podem afetar o crescimento da criança.
De acordo com o secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza, o Teste do Quadril é realizado logo após o nascimento da criança. “É um exame simples, mas que pode evitar que a criança tenha problemas futuros, que atinjam o desenvolvimento dos membros inferiores e afetem inclusive a coluna”, afirmou.
A médica neonatologista do Instituto da Mulher Dona Lindu, Fabiane Marinho, explica que o médico movimenta as pernas e o quadril do bebê, que deve estar deitado. A ação serve para analisar as articulações e a estabilidade da região. “Esse simples movimento é capaz de verificar se a criança possui uma luxação congênita nessa parte do corpo. A luxação ocorre quando, durante a formação da criança, o quadril fica ‘fora do lugar’. Nesse caso, a criança pode ficar com uma perna maior do que a outra e até desenvolver problemas na coluna”, afirmou.
Fabiane Marinho frisa que não há causa definida para que a criança apresente problemas no quadril, mas alguns fatores podem estar relacionados, dentre eles, a posição uterina, o fato de ser a primeira gravidez, além do histórico familiar de doenças nessa região do corpo.
A médica ressalta que com o diagnóstico precoce, 95% das crianças que nascem com problemas no quadril podem ter o quadro revertido. “Quando a doença é identificada ainda na maternidade, a criança já recebe o encaminhamento para fazer acompanhamento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Prefeitura”, acrescentou.
Para que o tratamento alcance melhor resposta, o ideal é que seja feito até os seis meses de vida. A médica diz que, nesse caso, a criança utiliza um dispositivo chamado suspensório de Pavlik, que são tiras de tecido que ajudam a manter a estabilização do quadril. A criança utiliza esse dispositivo por cerca de dois meses. “Após os seis meses, o suspensório não tem efeito e o tratamento é feito com gesso. Depois de um ano, apenas cirurgia pode reverter o quadro”, destacou a médica.
Para a médica, o teste é uma medida simples que pode prevenir problemas sérios. “Os pais devem ficar atentos e exigir que o exame seja realizado ainda na maternidade”.
Outros exames
Além do teste do quadril, as maternidades da rede estadual de saúde realizam outros cinco exames neonatais ainda nos primeiros dias do bebê. São eles: Teste do Pezinho, Teste do Coraçãozinho, Teste do Olhinho e Teste da Orelhinha.
Teste do Pezinho
O Teste do Pezinho é usado para diagnosticar as seguintes doenças: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Fibrose Cística, e Anemia Falciforme e outras hemoglobinopatias. É feito por meio da coleta de sangue do calcanhar.
- Fenilcetonúria (causada pela deficiência no metabolismo do aminoácido fenilalanina, sendo que o acúmulo no organismo pode causar deficiência mental);
- Hipotireoidismo Congênito (causada pela insuficiência do hormônio da tireóide, sendo que a falta de tiroxina pode causar retardo mental e comprometimento do desenvolvimento físico);
- Fibrose Cística (doença genética grave, que afeta as glândulas exócrinas, provocando alterações nos pulmões, pâncreas, fígado e intestino).
- Anemia Falciforme e outras hemoglobinopatias (pode causar anemia, atraso no crescimento, dores e infecções generalizadas);
Teste do Coraçãozinho
O Teste do Coraçãozinho é usado para diagnosticar doenças cardíacas e é feito por um aparelho de pressão chamado oxímetro, que é colocado no bebê para avaliar a oxigenação do sangue. Se o equipamento apontar diferença, a criança pode ter algum problema cardíaco
Teste do Olhinho
O Teste do Olhinho é usado para diagnosticar alterações oculares, que podem levar à cegueira. O exame é feito com um feixe de luz direcionado nos olhos da criança. Se eles forem saudáveis, emitirão uma cor avermelhada.
Teste da Orelhinha
O Teste da Orelhinha é usado para diagnosticar surdez e é feito por um pediatra, que coloca um aparelho similar a um fone de ouvido na criança, que é capaz de identificar a surdez.

Fonte: Acritica

Ministério Público vai cobrar explicações à CBF sobre ingressos caros

O Ministério Público estadual irá protocolar uma ação contra a CBF pelo valor abusivo dos ingressos para a partida entre Brasil e Colômbia, em ManausShow arena da amazonia 0019  1
Susto, esta foi a reação do torcedor amazonense no dia 11 de junho, quando foi divulgado o preço dos ingressos para a partida entre Brasil e Colômbia no dia 6 de setembro. O jogo é válido pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.
O ingresso mais barato, para o anel superior, custa R$ 220 e a meia, R$ 110, um valor muito maior do que os dos ingressos cobrados quando a Seleção jogou em cidades como Salvador, Recife e Fortaleza. Comparando o valor dos ingressos em Manaus aos valores cobrados em Fortaleza, no jogo entre Brasil e Venezuela, chega a 260% de diferença.
Devido ao aumento, o Ministério Público do Amazonas, por meio da 51ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa do Consumidor, que tem como titular o Promotor de Justiça Otávio Gomes, ira propor à Justiça, às 9:30 h, na sede do Ministério Público, uma ação civil pública com pedido de liminar para suspensão da venda de ingressos.
De acordo com o Promotor Otávio Gomes, várias reclamações e representações foram recebidas pelo MP-AM devido aos valores.
Na ação, o promotor determina que a CBF suspenda a venda até que os preços sejam ajustados para valores compatíveis com os das demais partidas que o Brasil fez como mandante, o ressarcimento dos valores pagos com preços abusivos, a fixação de uma taxa única para vendas pela internet e a numeração dos ingressos.
Grande diferença

Nas eliminatórias para a Copa do Mundo, o Brasil fez três partidas em casa: contra a Venezuela, em Fortaleza, contra o Uruguai, em Pernambuco, e contra o Peru, em Salvador.
No Ceará, o ingresso mais barato custava R$ 70 reais. Para assistir à partida entre Brasil e Uruguai, o ingresso mais barato custava R$ 100 a inteira e R$50, a meia. Já na Arena Fonte Nova, em Salvador, o setor Norte era o mais barato custava R$ 30 reais, a meia. Nos outros anéis (intermediário e inferior) o preço foi de R$ 60 (meia). Nas capitais, o ingresso mais caro era de R$ 300, o camarote por pessoa. Em Manaus, o valor de camarote é de R$460 por pessoa. O ingresso mais barato para a o jogo é R$220, apenas R$80 reais a menos do que o camarote em outras cidades.
Procurada pela reportagem, a CBF disse que irá se pronunciar apenas após a ação ser protocolada, mas afirmou que a entidade foi procurada pelo MP local pedindo informações.

Confira os preços  dos ingressos:
Brasil e Uruguai em Pernambuco, Arena Pernambuco
Setor superior:  R$ 100 (inteira) / R$ 50 (meia)
Setor inferior:  R$ 160 (inteira) / R$ 80 (meia)
Lounge VIP (Oeste Inferior):  R$ 200
Deck Premium (Leste):  R$ 200
Camarote:  R$ 300 (valor por pessoa, )
Setor Villa Mix:  R$ 25

Brasil e Peru, Fonte Nova, Bahia

Setor Super Norte   -  R$ 30 (meia)
Anéis (intermediário e inferior) R$ 60 (meia)
Camarote  R$ 300 (por pessoa).
Lounge Premium  R$ 200

Fonte: Camila Leonel - Acritica

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Ministério Público de Contas quer cobrar verba desviada

Procurador-geral Carlos Alberto de Almeida afirma que criará coordenadoria para acompanhar cumprimento de condenações do TCE
Manaus - Para recuperar recursos desviados dos cofres públicos no Amazonas, o novo procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Carlos Alberto Almeida, afirma que criará uma coordenadoria na instituição para acompanhar o cumprimento das devoluções de recursos públicos, em condenações decretadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM). Segundo o procurador, é necessário um acompanhamento mais firme no cumprimento das decisões do tribunal. 
Carlos Alberto Almeida foi eleito o novo procurador-geral do MPC-AM, no mês passado, e tomou posse, na última quinta-feira, para o biênio 2016-2018. Esta é a terceira vez que o procurador assume o cargo, tendo sido escolhido pelo governador no biênio 2010 a 2012 e reconduzido no biênio seguinte, de 2012 a 2014.
O procurador estabeleceu como meta de sua gestão otimizar os serviços do MPC e divulgar à população o trabalho da instituição e a sua importância na fiscalização das contas públicas. Como parte dessas metas, está a criação de uma coordenadoria que cuide dos créditos públicos.

Almeida lembrou que três coordenadorias foram criadas durante a gestão do ex-procurador-geral de Contas, Roberto Krichanã, e decidiu expandir esse trabalho. A nova coordenadoria servirá para o acompanhamento dos créditos públicos como a dívida ativa do Estado e também dos créditos glosados, que são recursos públicos desviados por maus gestores condenados pelo Tribunal de Contas. 

Carlos Alberto Almeida explica que, atualmente, é obrigação do procurador-geral do MPC acompanhar o cumprimento das condenações, mas, devido ao número crescente de processos, não há como acompanhar de forma mais precisa e criteriosa.
“É preciso uma revitalização, um remodelamento desse tipo de exigência. A ideia das coordenadorias é fazer um diagnóstico do que existe, traçar um plano de metas e trabalhar. Então, tomar medidas mais firmes para recuperar esses valores. Fazer um acompanhamento mais eficaz das decisões do tribunal, porque esse é o papel do Ministério Público”, frisou. 
O procurador também promete criar uma coordenadoria para as questões do fundo de aposentadorias e pensões no Amazonas. Segundo o procurador, há um grande número de denúncias em desvios de recursos dos fundos previdenciários e de pensões. 
Um ponto de preocupação, segundo Carlos Alberto, será na divulgação dos serviços da instituição, desmistificando a ideia de que o MPC é um órgão do TCE, quando na verdade é uma instituição que atua junto ao Tribunal.
“Quero fazer um Ministério Público de Contas existente para a população. Quando você fala que é do MPC, eles pensam que é o Ministério Público do Estado, eles não sabem que existe um Ministério Público aqui dentro (do TCE), que há um canal de voz aqui dentro para o controle da administração pública”, informou o procurador.
Carlos Alberto disse que a intensão é utilizar de todos os meios de comunicação para divulgar a atuação do MPC, pois afirma ser comum ver a falta de informação até mesmo de parlamentares e prefeitos sobre a atuação do órgão.  “É muito comum ver gente com mandato político mandar petições para o Ministério Público do Estado, que não faz o menor sentido ir para ali, porque não tem corpo técnico para aquilo. Faz fotografia protocolando, mas vai morrer naquilo ali”, frisou o procurador.
Fonte: D24am

Inpa abre inscrições para 131 vagas em cursos de pós-graduação em nível de mestrado

A previsão é que as aulas comecem em março de 2017. As provas serão aplicadas em 27 cidades do Brasil
Manaus - Com um total de 131 vagas, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) abre inscrições para o processo seletivo para oito cursos de Mestrado. As inscrições ficarão abertas a partir desta segunda-feira (18) até o dia 30 de setembro de 2016. As aulas devem começar em março de 2017. As provas serão aplicadas em 27 cidades do Brasil.
De acordo com os editais, ao todo são oferecidas vagas para os cursos de mestrados, distribuídas entre os cursos de Genética, Conservação e Biologia Evolutiva/GCBEv (20); Ciências Biológicas – Entomologia/ ENT (15); Biologia –Ecologia / ECO (25); Ciências Florestais Tropicais/ CFT (20); Ciências Biológicas (Botânica) (12); Ciências Biológicas - Biologia de Água Doce e Pesca Interior/Badpi (17); Agricultura no Trópico Úmido/ ATU (12) e Clima e Ambiente/Cliamb (10).
As provas de conhecimento específico e de proficiência em língua inglesa estão previstas para serem aplicadas a partir do dia 4 de novembro (para o curso do Badpi). Para os demais cursos, as provas acontecem no dia 8 de novembro. A divulgação do resultado da seleção está prevista para o dia 16 de dezembro de 2016.
Serão aplicadas provas nas cidades de Altamira (PA), Araguatins (TO), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Brasília (DF), Campinas (SP), Colorado do Oeste (RO), Cuiabá (MT), Londrina (PR), Macapá (AP), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Parintins (AM), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Santarém (PA), Sinop (MT), Tabatinga (AM), Tefé (AM) e Vitória (ES).
Mais informações podem ser obtidos nas Secretarias dos Programas de Pós-Graduação indicadas nos editais.
Fonte: D24am

No dia dedicado a eles, protetores das florestas falam sobre a importância do verde

Entrevistamos personagens que são verdadeiros guardiões do verde e dos recursos minerais amazônicos para saber como é a luta em prol da biodiversidade na região; eles dão alerta contra a degradação ambientalShow floresta1
Neste domingo (17) é comemorado o Dia do Protetor da Floresta, essas pessoas engajadas pelo meio ambiente e que vão deixar um dos legados mais importantes para a humanidade: que é preciso lutar, mesmo que arduamente, cada vez mais pelo verde e os recursos minerais da Terra. Falamos com dois desses personagens para saber deles como é essa difícil, mas recompensadora experiência, que é lutar em prol do verde!
Líder do Grupo de Manejo Florestal, gerente científico do programa LBA (que trata da interação atmosfera e biosfera), coordenador do projeto ATTO (Observatorio Amazônico de Torre Alta) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o descendente de japoneses Niro Higuchi, 64, é um dos deles. Ele, que é engenheiro florestal, comentou que a floresta do Amazonas vai muito bem, sendo talvez o Estado mais protegido da Amazônia Brasileira.
“No entanto, em relação à Amazônia, nós já perdemos muita floresta. Do ponto de vista relativo você pode até dizer que não é tanto os cerca de 15% perdidos, mas do ponto de vista absoluto é muito grande, e representa quase 700, 800 ou 1000 quilômetros quadrados, que equivale a 4 ou 5 vezes o Estado de São Paulo. Esse desaparecimento da floresta é muito grande comparado principalmente ao retorno econômico que foi dado para o Brasil. Muito pouco e o prejuízo ambiental a gente não faz idéia. São 150 milhões de hectares. Quando você tem perde um pouquinho de um todo muito grande, acaba não dando o devido valor. Mas com o tempo nós vamos perdendo”, alerta ele.
Infelizmente, diz Higuchi, a ideia de degradação não está apenas na mente do madeireiro ou de outras empresas que destroem o patrimônio florestal, mas também na cabeça do próprio cidadão comum. 
Morador da floresta
A insatisfação com a degradação do verde fez o jornalista Jó Fernandes Farah, 52, se tornar um ferrenho ambientalista, principalmente da área do Tarumã. Morador da Área de Proteção Ambiental (APA) do Tarumã, e criador da organização não-governamental Mata Viva, ele reside às margens do igarapé da Água Branca.
“Minha história é a de um manauara que viu sua cidade ser desfigurada. Eu tomei banho no Caiçara, no Parque Dez de Novembro, no Mindú, atrás da escola Sólon de Lucena, e eu vi tudo se acabando e as pessoas com aquele mesmo discurso: ‘Ah, como era bonito, Ah como era legal e já prestou’. E eu fiquei pensando que se a gente ficar naquele discurso do século passado eu vou aceitar a destruição do igarapé que fica em frente da minha casa. E eu não aceito isso, não é uma coisa boa. No entorno de todo esse igarapé existe uma vida silvestre belíssima, rara e extremamente ameaçada. Aqui tem sauim e eu vou tentar ajudar a salvá-los. Temos grupos que monitoram esses animais e a situação é extremamente crítica. Tem simpósio pra cá, debate pra lá, palestra pra cá e ano a ano o sauim vai ‘ficando’. Cansei de participar dessas coisas e resolvi agir. E hoje estou plantando e disponibilizando mudas para as pessoas que quiserem levar, sem pagar nada”, disse Jó.
Ser um defensor da floresta já fez Jó Farah, 52 se indispôr e desagradar muitos poderosos, passando de autoridades dos poderes públicos a empresários. “Era um tipo de coisa desagradável que, se você for ligar, não faz mais nada, se desestimula. Eu já vivi a minha fase de desiludido, e hoje estou me desiludindo plantando. Só denunciando a gente se desilude, pois não acontece absolutamente nada. A lei ambiental brasileira é fictícia. Não protege nada, nem é focada na sustentabilidade ou na preservação”, disse ele.
“Não somos inimigos desses empreendimentos; apenas queremos que eles se instalem sem poluir, garantindo a qualidade da água e que as florestas não sejam destruídas ali no entorno. Vamos desenvolver? Sim, mas vamos também preservar e manter o que existe. Nosso papel é mais esse, de ser um chato mesmo. Hoje em dia um ambientalista não passa de um chato. É assim que a sociedade nos vê”, conta ele.
Frase
"O tempo tem mostrado que o homem vem destruindo pouco a pouco o patrimônio florestal dele".Niro Higuchi, Engenheiro florestal
Ação do cidadão é essencial, dizem especialistas
Em meio a vários questionamentos da reportagem, ambos  concordam em pontos vitais. Um deles é que não adianta apenas colocar a culpa nas autoridades quando o assunto é proteger as florestas, e que o cidadão deveria ser mais atuante para ele próprio cuidar do seu grande patrimônio ambiental.
“Na verdade, falta o cidadão abrir o olho, pois o político somos nós que elegemos, e as estruturas políticas  elas dependem da nossa aceitação ou não. A sociedade tem que acordar e cada um fazer a sua parte. Que todos juntos cobrem o que deve ser feito. Não é culpa de nenhum prefeito ou de governador o que aconteceu, mas de nós que deixamos acontecer. Fomos nós que colocamos eles lá”, destaca Jó Fernandes Farah.

Para Niro Higuchi, “Se o povo não valoriza, porquê tem muita floresta, você imagina na política. As políticas públicas refletem o que o próprio povo quer. Então, não se tem medidas duríssimas de combate e proteção às nossas florestas”.
Fonte: Acritica

Com cheiro de campo, mas dentro da cidade, comunitários realizam agricultura familiar

Apesar de enfrentarem dificuldades, muitas famílias preferem a paz e a tranquilidade que a vida no campo podem oferecer e acabam levando para a área urbana essa rotinaShow 1108669
Seja por necessidade ou por amor à atividade no campo, há famílias que apesar de enfrentarem dificuldades, preferem a paz e a tranquilidade que a vida no campo podem oferecer e acabam levando para a área urbana essa rotina. 
Francisco Lopes dos Santos, 63, é um dos moradores mais antigos da Comunidade Agrícola Nova Esperança, localizada entre alguns dos diversas comunidades que formam o complexo do bairro Jorge Teixeira, limitando ao Norte com a Reserva Adolpho Duke e a Colônia Chico Mendes;  ao Sul com a quarta etapa do bairro Jorge Teixeira;  a Oeste com a etapa I do bairro Valparaíso e a Leste com os bairros João Paulo II e Cidade Alta.
O agricultor possui uma das produções de hortaliças mais bem estruturadas da área. “Seu Lopes”, como é conhecido, vive há quase vinte anos na comunidade, e apesar de sempre ter tido contato com as atividades tipicamente rurais e ribeirinhas, passou a maior parte de sua vida servindo ao Exército Brasileiro, onde chegou a cabo, desempenhando a profissão de fotógrafo, o que lhe rendeu um vasto conhecimento sobre a região amazônica.
Seo Lopes contou para a equipe de A Crítica qual a sua relação com a agricultura e como se tornou um dos maiores produtores de hortaliças da região. “Atualmente, possuo uma área de 3.600 metros quadrados e consigo faturar uns dois mil reais por mês. Isso tudo foi possível porque trabalhei muito e amo o que o que faço. Sou aposentado e esse dinheiro é como se fosse um algo a mais. Faço isso porque não consigo ficar parado, fico impaciente, preciso estar me movimentando”, contou.
Assim como ele, vários outros produtores também trabalham na comunidade com o cultivo de hortaliças. “Produzimos o coentro (cheiro-verde), a cebolinha, alface, chicória, pepino e couve. O nosso carro chefe é o coentro. Oferecemos o produto fresco. A nossa comunidade é uma mistura, porque vivemos de uma forma “rural”, mas estamos inseridos em um meio urbano. Boa parte das pessoas que moram aqui não tem tanto estudo, e o que eles sabem fazer é trabalhar na roça, trabalhar em área rural. Trabalhamos, produzimos e vendemos os nossos produtos aqui mesmo em mercadinhos, feiras, supermercados”, relatou.
Dificuldades
Apesar de viverem em uma área considerada rural, os moradores da comunidade tem muitas dificuldades. Algumas relatadas pelo seu Lopes é a falta de escola, de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e falta de segurança.
Segundo o presidente da Associação de Produtores Rurais da Comunidade Nova Esperança, no Val Paraíso, Aparecido Antônio, considera que a comunidade seja mantida como área urbana. “Tem agricultor que está prestes a se aposentar como área rural. Se a comunidade for incluída em área urbana, ninguém vai conseguir se aposentar. Aí, vão 20 anos jogados fora. Se o Val Paraíso for incluído na zona urbana, isso vai nos empurrar e acabar por nos expulsar de lá”, disse o agricultor.
Análise - Francinézio Amaral, Sociólogo
"Estes produtores fazem parte de um grupo social que está à margem da sociedade, como vários outros grupos, porém o que traz  um detalhe específico é que esses grupos eles buscaram como estratégia de sobrevivência uma atividade que não é tão típica da cidade, a atividade agrícola.
As dificuldades que eles encontram no dia a dia são as dificuldades que outros grupos como os ambulantes, os feirantes e qualquer outro grupo social que desenvolve um trabalho que esteja fora do padrão do modo de produção enfrentam.
A grande contribuição que a análise dessas comunidades nos dá, é que elas nos ensinaram e nos ensinam que a racionalidade que eles já possuem aliada a necessidade de reformular, reconstruir o modo de vida, é possível reconstruir esse modo de vida com o uso dessa racionalidade.
Com esse modo de produção, eles se empoderaram mais, pois não dependem do regatão e do patrão (que são os atravessadores em zona ribeirinha), estes colocavam os preços e eram obrigados a aceitar isso.
Todos esses fatores caracterizam essa grande transformação no modo de produção e trás um grande ensinamento que essas comunidades trazem pra gente".
Blog - Yuri Alves, Produtora de hortaliças
“Minha família veio do Ceará para o Amazonas em 1992 na expectativa de construirmos uma vida melhor. A agricultura sempre foi trabalhada em nossa família, e com toda a certeza essa atividade é para quem gosta.
No início fomos trabalhar para um casal de japoneses, mas o dinheiro que ganhávamos mal dava para comprar alimentos. Meu pai, Francisco das Chagas, que ficou conhecido como ‘Ceará’ não tinha condições de nos levar para nossa cidade natal tivemos e pela necessidade em sustentar a família meu pai decidiu montar o próprio negócio com cultivo de hortaliças.
Hoje temos exatos 24 anos de produção agrícola, temos dois hectares de plantação de hortaliças, com produtos 100% naturais, utilizamos fertilizantes naturais produzidos a base de espinha de peixe, andiroba e pimenta malagueta e isso mudou a qualidade do produto e aumentou a durabilidade. Atualmente fornecemos uma variedades de hortaliças, a diferença está na qualidade e no sabor. O sucesso deste negócio está no amor que temos pela produção, é uma herança que herdamos do nosso pai, é um orgulho de servir as pessoas com um produto de qualidade. A gente ama o que faz”
Fonte: Acritica

Adail Pinheiro aposta no filho para a Prefeitura de Coari nas eleições deste ano

Empresário Adail José Figueiredo, filho do ex-prefeito Adail Pinheiro, figura como pré-candidato a prefeitoShow 1109025Mesmo preso, o ex-prefeito Adail Pinheiro mantém ativo o seu grupo político que aposta no nome do filho dele, Adail José Figueiredo, conhecido como “Adail Filho”, para retomar o comando do Município de Coari. O rebento de Adail circula pela cidade como pré-candidato no duelo eleitoral contra o atual prefeito Raimundo Magalhães (Pros), que concorre à reeleição.
Mais rico município do interior do Estado do Amazonas, Coari (a 370 quilômetros de Manaus) recebeu R$ 203,11 milhões, fruto do pagamento de royalties pela exploração de petróleo e gás na bacia de Urucu, apenas no período de 2014, 2015 e 2016.
No dia 30 de junho, uma mostra do clima de campanha foi dada na chegada de Adail Filho no aeroporto do município. Um morador, que preferiu não se identificar, afirmou que “a população dá sinais de que está insatisfeita com os administradores que comandaram o município após a prisão de Adail”.
“Mesmo com todas as acusações que pesam contra ele (Adail Pinheiro) e as pessoas que se acompanhavam dele, é comum na conversa com os moradores o descontentamento com todos que passaram pela administração da cidade depois que ele foi preso. As pessoas ainda dão sinais de saudades, apesar das acusações”, contou.
Raimundo Magalhães, através da assessoria, divulgou um vídeo em que confirma que virá para a reeleição. “Sem dúvida sou pré-candidato. Quero deixar claro que só estou aguardando o início das convenções (a partir do dia 20 de julho e termina no dia 5 de agosto) para que a gente confirme essa candidatura, que se Deus quiser, será vitoriosa”, diz o prefeito.
Parente
Um terceiro nome surge também como pré-candidato a prefeito de Coari: Ademilson Mitouso, irmão do ex-prefeito Arnaldo Mitouso, condenado em 2011 pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJ-AM) pelo assassinato, em 1995, do então prefeito de Coari Odair Carlos Geraldo. Após recurso, a segunda instância da Corte manteve a decisão em 2012.
Adail Pinheiro se entregou à Justiça em fevereiro de 2014, depois que o desembargador Djalma Martins emitiu um decreto de prisão a pedido do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) em um processo que apura a suposta prática de exploração sexual de crianças. O caso ganhou repercussão nacional por conta de matérias veiculadas pelo Fantástico, em três domingos seguidos, mostrando relatos de meninas apontadas como vítimas do então prefeito de Coari. E pelas apurações feitas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Câmara Federal, que apurou denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes em todo o País.
A reportagem tentou entrar em contato com Adail Filho, através dos telefones 984xxxx53 e 984xxxx05, mas não foi atendida até o fechamento desta reportagem.
Processos, muitos processos
Em 70 ações o ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, figura como réu na Justiça do Amazonas. Em quatro deles, o ex-prefeito aparece como investigado por envolvimento em esquema de exploração sexual infanto-juvenil.
Condenado

No dia 18 de novembro de 2014, Adail foi condenado pelo TJ-AM a 11 anos e dez meses de prisão por exploração sexual de menores, além da perda do mandato e a transferência para presídio comum. Até hoje ele encontra-se no Quartel de Policiamento Especial da PM, no bairro Dom Pedro.
Fonte: Janaína Andrade -Acritica

sábado, 16 de julho de 2016

R$ 600 milhões do Plano Safra serão direcionados para a agricultura familiar

Plano Safra da Agricultura Familiar 20016/2017 para todo o país que prevê investimentos na ordem de R$ 30 bilhões no período que vai de 1º de julho de 2016 a 30 de junho de 2017Show agricultura familiar
O Banco da Amazônia está disponibilizando R$ 600 milhões do Plano Safra para projeto da agricultura familiar na Região Norte. O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário lançou mais Plano Safra da Agricultura Familiar 20016/2017 para todo o país que prevê investimentos na ordem de R$ 30 bilhões no período que vai de 1º de julho de 2016 a 30 de junho de 2017.
Estratégica para a produção de alimentos e segurança alimentar dos brasileiros que residem no campo e na cidade, a agricultura familiar, segundo o Banco da Amazônia, foi fundamental para retirar o Brasil do mapa da fome, fato reconhecido desde 2014 pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
“O Plano Safra 2016/2017 chega para reafirmar esse compromisso do governo, essa conquista histórica. Entre outros motivos, só foi possível a saída do mapa da fome porque se ampliou a produção de alimentos saudáveis, especialmente os de sistemas de produção de base agroecológica; garantiu-se crédito mais barato para os produtores e se ampliou a oferta de políticas para a juventude rural na agricultura familiar”, explica Cristina Ferreira Lopes, gerente de Microfinanças e Agricultura Familiar do Banco da Amazônia.
Segundo a gerente do banco, a cada ano, os recursos disponíveis no Plano Safra têm possibilitado ao agricultor familiar da Amazônia e de todo o país condições para dar robustez a seus negócios, especialmente na infraestrutura das propriedades, na ampliação, diversificação, comercialização e no aumento da produção de alimentos. “Os investimentos possibilitam, ainda, a dinamização da economia local, gerando emprego e renda e estimulando a fixação do homem no campo”, diz Cristina Lopes.
Mais de R$ 30 bilhões para a agricultura familiar
Nas últimas cinco safras (2011/2012 a 2015/2016), o Banco da Amazônia afirma que aplicou R$ 3,32 bilhões na região, em 167.951 mil contratos. Somente no Plano Safra 2015/2016, foram carreados R$ 548,6 milhões em recursos até o mês de junho passado, em 18.973 mil contratos. Do total dessa safra, R$ 18,8 milhões foram investidos no Amazonas.
“Os recursos do Plano Safra, via Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, tem ampliado o acesso ao crédito de jovens, mulheres, comunidades tradicionais, além de promover o fortalecimento de cooperativas e associações. O programa possui taxas de juros bastante atrativas, além de conceder bônus de adimplência para algumas linhas de financiamento”, informa a gerência do Banco da Amazônia.

Mais informações sobre o Plano Safra e Pronaf podem ser obtidas no site www.bancoamazonia.com.br
Fonte: Antonio Paulo - Acritica

O sentimento de insignificância frente ao universo faz de você um ser humano melhor

Pesquisa revela que viver momentos de deslumbramento com frequência torna uma pessoa mais generosa e educada.
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Olhar para um céu repleto de estrelas definitivamente mexe com a gente. É quase inevitável sentir-se pequeno, às vezes até insignificante, quando pensamos nas dimensões do cosmos. Afinal, em comparação com a Terra, somos cada um de nós um mero ponto; frente ao Sol, é a Terra quem vira um ponto; na escala da Via Láctea, o Sol é só mais um entre bilhões de pontos. E isso não para nunca: nossa galáxia é um minúsculo ponto diante do tamanho do universo, e até o próprio cosmos, que para nós parece ser infinito, pode tranquilamente ser apenas mais um em meio a incontáveis universos. Mais uma vez, nada além de um ponto.
Às vezes você se pega pensando nessas questões e em como a realidade consegue, ao mesmo tempo, ser maravilhosa e um pouco atemorizante? Então você é um ser humano melhor do que aqueles que não sentem este misto de deslumbramento e temor, que em inglês recebe o nome de awe. Uma pessoa que é tomada pelo sentimento com frequência torna-se mais educada, generosa e disposta a ajudar os outros. É o que afirma uma pesquisa publicada recentemente em um periódico da  American Psychological Association. “Nossa investigação indica que o sentimento, embora muitas vezes efêmero e difícil de descrever, possui uma função social vital”, disse o líder do estudo, o professor de psicologia Paul Piff, em um comunicado.
O pesquisador da Universidade da Califórnia Berkeley explica que, ao diminuir a ênfase do indivíduo no próprio ego, a sensação de awe encoraja as pessoas a abrir mão do interesse próprio em nome do bem estar dos outros. Piff e sua equipe chegaram às conclusões depois de submeter voluntários a diversas imagens de natureza e do planeta Terra e, em seguida, fazer perguntas que medissem o comportamento ético e a generosidade dos participantes. Os pesquisadores notaram que aqueles que disseram sentir deslumbramento e temor eram mais éticos do que os que sentiram orgulho. E segundo Piff, parece que essa sensação positiva tem uma tendência a se espalhar naturalmente pela sociedade. “Quando as pessoas vivenciam o awe, elas realmente querem compartilhar aquela experiência com outras pessoas, sugerindo que o sentimento tem um componente particularmente viral.”